Durante o período de férias escolares, as crianças passam mais tempo em casa e, consequentemente, aumenta a responsabilidade dos pais e responsáveis na prevenção de acidentes domésticos, incluindo a automedicação. A pediatra cooperada da Unimed Goiânia, Valéria Granieri, alerta que as reações mais comuns nesses casos são as dermatológicas, como urticária, e os distúrbios gastrointestinais, como diarreia e vômitos. “No entanto, podem ocorrer convulsões e até anafilaxia (reação alérgica grave que pode evoluir para óbito). Em caso de superdosagem, é crucial procurar a unidade de emergência mais próxima imediatamente e levar o medicamento ingerido”, orienta a pediatra.

Para prevenir esse tipo de acidente, a especialista alerta para a importância do armazenamento seguro de medicamentos, além da conscientização das crianças sobre os riscos de brincar ou ingerir remédios sem o consentimento de um responsável. “É importante que os medicamentos estejam fora do alcance e da vista das crianças, de preferência em armários trancados ou em locais altos. Medicamentos que parecem balas ou têm sabores agradáveis podem atrair a curiosidade infantil. Além disso, os pais ou responsáveis devem esclarecer que medicamentos não são doces e só devem ser tomados com a permissão e supervisão de um adulto.”

Cuidados

No cuidado com a saúde infantil, a prescrição de medicamentos deve ser precisa, segura e eficaz. De acordo com Valéria Granieri, não há um consenso absoluto sobre a determinação da dosagem para crianças. “Geralmente, utilizamos cálculos baseados no peso, superfície corporal e idade, sendo necessária a individualização dos casos. Medicamentos que são seguros para adultos podem não ser seguros para crianças. Não basta dividir a dose. O uso incorreto pode resultar em falta de eficácia, no caso de subdose, ou em reações adversas graves, nos casos de superdosagem. O uso inadequado de antibióticos, por exemplo, pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, e esses medicamentos só são eficazes contra infecções bacterianas, não virais”, adverte a especialista.

A pediatra lembra que os médicos têm o conhecimento e a experiência para prescrever corretamente e ajustar tratamentos com base na resposta da criança, algo que é impossível sem supervisão. “É imprescindível verificar antes de administrar, se é o medicamento prescrito, pois as embalagens podem confundir. Além disso, é importante evitar dar a medicação com a criança deitada, para impedir o risco de aspiração. Ensinar os pais a ler rótulos e seguir as instruções é crucial, pois mesmo medicamentos de venda livre podem ser perigosos”, completa Valéria.

Fonte: Assessoria de Imprensa Unimed Goiânia