As doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 17 milhões de mortes anuais em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e continuam sendo uma das maiores ameaças à saúde global. No Brasil, o cenário não é diferente, infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são causas recorrentes de internações e mortes. Diante desses números, o Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, surge como um lembrete da importância de adotar hábitos que promovam a saúde cardiovascular.
A médica cardiologista cooperada da Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico, Fabíola Araújo de Siqueira, reforça que pequenas mudanças no dia a dia podem ter um grande impacto na preservação da saúde do coração. “Evitar alimentos ricos em sal e gorduras, consumir mais frutas, vegetais e grãos, praticar exercícios físicos regularmente e abandonar o cigarro são os primeiros passos para garantir um coração mais saudável e uma vida mais longa”, destaca.
Outro fator que requer atenção neste período é o impacto do clima seco. Segundo a cardiologista, a baixa umidade pode facilitar a desidratação e tornar o sangue mais viscoso, aumentando o risco de hipertensão, infartos, AVC e trombose. “Essa condição afeta especialmente os idosos, que precisam redobrar os cuidados com a hidratação durante os períodos de seca”, alerta a médica.
Embora muitas pessoas associem doenças cardíacas a sintomas como fortes dores no peito, muitos problemas cardíacos podem ser silenciosos ou manifestar sinais sutis. “Palpitações, falta de ar e até desmaios são alertas que não devem ser ignorados. A qualquer sinal de anormalidade, é essencial procurar um cardiologista para uma avaliação detalhada e garantir o diagnóstico precoce”, reforça.
Impacto do estresse e da ansiedade
O estresse e a ansiedade também desempenham um papel significativo no aumento do risco cardiovascular. Situações de pressão contínua desencadeiam uma liberação constante de adrenalina, que sobrecarrega o coração. “Atividades que promovam o relaxamento, como a prática de exercícios físicos, momentos de lazer e um sono reparador de, pelo menos, seis horas por noite, são recomendadas, pois o sono é o combustível que renova o corpo e dá ao coração a pausa necessária para se recuperar”, explica a cardiologista da Unimed Goiânia.
Outro grande problema oculto é a hipertensão, uma condição que muitas vezes se desenvolve sem sintomas aparentes. “A pressão alta pode causar danos ao coração e aos vasos sanguíneos, e a detecção precoce, por meio de exames regulares, é a chave para o controle eficaz. O tratamento geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas, além do uso de medicamentos, quando necessário”, explica a cardiologista.
Fabíola também explica que alguns mitos que ainda confundem muitas pessoas e prejudicam a prevenção de doenças cardíacas, como a ideia de que “remédios para pressão causam dependência” ou que “gorduras animais são sempre mais saudáveis”.
Fonte: Kasane