O cooperativismo emprega diretamente mais de 16 mil trabalhadores em Goiás e tem sido um dos segmentos que mais geram postos no Estado nos últimos anos. Somente em 2022, segundo dados do Sistema OCB/GO, o crescimento na oferta de empregos diretos foi de 10,6%, superior à média estadual no mesmo ano (6,6%). Com faturamento anual acima de R$ 30 bilhões, as cooperativas representam quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás.
O crescimento econômico e de oferta de vagas são alguns destaques do setor, que tem atraído cada vez mais profissionais, por ser um modelo de negócios que promove equidade, solidariedade e apoio mútuo. Isso cria um ambiente colaborativo e inclusivo, no qual os colaboradores se sentem valorizados e têm oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
A preocupação com a qualificação e desenvolvimento humano também é um diferencial das empresas cooperativistas. Com o apoio do Sistema OCB/GO, que é a entidade que representa e desenvolve o cooperativismo em Goiás, as cooperativas investem continuamente em capacitação dos empregados.
“Por meio do nosso braço educacional, que é o SESCOOP/GO, temos exemplos de cooperativas altamente qualificadas em seu quadro profissional. Somente em 2023, atendemos 169 coops e realizamos mais de mil atividades, com quase 14 mil horas de capacitação. Isso só é possível porque as cooperativas estão empenhadas em melhorar a performance das suas equipes, o que as diferencia de outras empresas”, afirma o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.
Com atuação em sete ramos – Agropecuário, Consumo, Crédito, Infraestrutura, Saúde, Trabalho, Produção de Bens e Serviços e Transporte -, as cooperativas têm como diferenciais a distribuição de renda, redução das disparidades econômicas, promoção de um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.
Voz ativa
Jéssica Moraes, colaboradora da Central Sicoob Uni, explica que, na cooperativa, os funcionários têm voz ativa nas decisões da organização. “Isso cria um ambiente de trabalho mais democrático e transparente, onde os colaboradores se sentem valorizados e engajados. Temos um foco maior no atendimento ao cliente e no relacionamento com os cooperados, em vez de simplesmente maximizar os lucros. Isso torna a experiência de trabalho mais gratificante para os empregados, visto que eles têm a oportunidade de realmente fazer a diferença na vida das pessoas que atendem.”
Ela destaca ainda que a estrutura de trabalho na cooperativa é mais estável e segura em termos de emprego, especialmente em momentos de incerteza econômica. Como organização voltada em benefício aos cooperados, os trabalhadores estão menos sujeitos a pressões de curto prazo para cortes de pessoal e reestruturações.
“As cooperativas são organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os serviços e assumir as responsabilidades como membros. Sem discriminação de gênero, social, racial, política e religiosa”, destaca Thais Santos, colaboradora da Uniodonto Goiânia. Operadora de plano odontológico, a cooperativa é líder no mercado em que atua, com uma carteira com mais de 130 mil beneficiários e mais de 1.600 empresas clientes.
Gabriela de Camargo é colaboradora da Comigo e explica que a cooperativa busca fazer uma gestão participativa, valorizando o desenvolvimento dos colaboradores. “A cooperativa Comigo busca constante evolução no que tange ao crescimento e desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Investe altamente em treinamentos, cursos, workshops e palestras”. Em parceria com o SESCOOP/GO, braço educacional da OCB/GO, a cooperativa agropecuária investiu mais de R$ 2,5 milhões em desenvolvimento de pessoas.