Diretora-presidente da Unimed Cerrado, Shirley Gonçalves.

A Unimed Cerrado lidera um movimento de busca por liderança feminina e melhores desempenhos corporativos na área da saúde. De 2023 a 2025, o número de colaboradoras cresceu 72,7%, enquanto os cargos de liderança passaram a ser ocupados majoritariamente por mulheres, que representam 52,38% desse grupo. Esse avanço não só reflete uma importante tendência global como também reforça o papel do cooperativismo na promoção da equidade.

A diversidade de gênero nas organizações tem demonstrado impacto positivo tanto nos resultados empresariais, como na cultura organizacional. O estudo “Women in Business 2024”, da Grant Thornton, aponta que 37% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres. No entanto, no setor da saúde, essa presença ainda é desproporcional: apesar de constituírem 70% da força de trabalho, elas ocupam apenas 25% das posições executivas.

Mais mulheres, melhores resultados

Sobre as barreiras que as mulheres ainda enfrentam no mercado de trabalho, especialmente em relação aos cargos executivos, o cooperativismo tem se destacado como um dos setores que mais promovem o avanço feminino. Segundo o Anuário do Cooperativismo, a presença de mulheres na liderança de cooperativas segue crescendo anualmente, de 20% em 2021 para 22% em 2022 e, atualmente, já chega a 23%. Além disso, 51% dos colaboradores das cooperativas já são mulheres, um percentual superior ao do mercado tradicional.

Nesse sentido, a coordenadora de Terapias Integradas da Unimed Cerrado, Denisia Bahia, destaca como a participação de mulheres em cargos executivos cria um movimento perpétuo em favor da diversidade. “A presença feminina nas organizações, especialmente em posições de liderança, desempenha um papel crucial na promoção de ambientes mais diversos, inovadores e equilibrados. Líderes femininas atuam como modelos inspiradores, pavimentando o caminho para outras mulheres e desafiando normas sociais que historicamente limitaram o potencial feminino. Ampliar a participação de mulheres em cargos de liderança não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente que beneficia a todos”, afirma.

Força feminina

Nesse universo, o crescimento da participação feminina na Unimed Cerrado é expressivo. Em 2023, as mulheres representavam 66 dos 94 colaboradores e, em 2024, já eram 82 de um total de 115. Agora, em 2025, são 114 entre os 150 integrantes da equipe. Na prática, significa que o atual quadro feminino equivale a todo o quadro funcional do início de 2024, consolidando a cooperativa como uma organização com uma impressionante força de trabalho feminina distribuída por todos os seus níveis hierárquicos.

Diante disso, o reflexo desse crescimento se traduz em gestão mais colaborativa, processos mais eficientes e um ambiente mais diverso, que fomenta a inovação e a inclusão. De acordo com análises de grandes consultorias do mercado profissional e estudos sobre governança corporativa, empresas com maior diversidade têm também maior capacidade de tomar decisões assertivas e responder melhor a desafios. Não por acaso, a Unimed Cerrado registrou um crescimento superior a 30% em sua carteira de beneficiários.

Desafios

Apesar dos avanços, há desafios a serem superados. A maior dificuldade está na transição das mulheres para cargos de alta gestão e na equiparação salarial. O levantamento “Mulheres na Liderança”, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), revela que empresas com equilíbrio de gênero nos conselhos de administração são minoria, o que impacta decisões estratégicas e representa um desafio para o futuro. Diante disso, a gerente do Escritório de Gestão da Unimed Cerrado, Bartíria Rocha, reforça a importância do reconhecimento do trabalho de ambos os gêneros, bem como do combate aos estereótipos.

“Acredito que, acima de tudo, o mais importante dentro das organizações é reconhecer e valorizar a capacidade de entrega e os resultados das pessoas, independentemente do gênero. Sabemos, no entanto, que no mercado de trabalho isso ainda nem sempre acontece. Muitas vezes, mulheres que se posicionam com firmeza acabam sendo rotuladas de forma equivocada, como ‘difíceis’ ou ‘histéricas’, o que reforça estereótipos que precisamos superar”, pontua. “Costumo dizer: o homem apenas diz que é, e todos acreditam; a mulher precisa provar. Eu estou entre as que seguem provando. E acredito que o único caminho real para conquistar e manter o nosso espaço é através do nosso próprio desenvolvimento, competência e consistência”, acrescenta. 

Na Unimed Cerrado, a evolução contínua é parte do compromisso com a diversidade e a inclusão. Com um código de governança estruturado e políticas que incentivam o desenvolvimento profissional das mulheres, a cooperativa, que tem a médica ginecologista e obstetra Shirley Gonçalves de Pádua Miguel como diretora-presidente, reafirma seu papel na construção de um mercado de trabalho mais equitativo.

Mais diversidade, melhor gestão

Cabe ressaltar que estudos apontam que empresas com maior presença feminina na liderança apresentam resultados financeiros superiores, melhor clima organizacional e maior capacidade de inovação. Em vista disso, a Unimed Cerrado tem se posicionado como um exemplo prático do diferencial estratégico de se investir na equidade e nos talentos femininos. Nesse ambiente, Bartíria Rocha pontua o papel relevante da colaboração.

“Vejo com muito otimismo o espaço que já conquistamos até aqui, mas acredito que ainda há um ponto essencial para avançarmos: que nós, mulheres, possamos deixar de lado a competição entre nós mesmas e passemos a nos apoiar e valorizar genuinamente umas às outras. As competências são complementares, e quando nos fortalecemos em conjunto, o ambiente todo ganha”, salienta.

Por sua vez, a diretora-presidente da Unimed Cerrado, Shirley Gonçalves, frisa que a busca por incluir mais mulheres na cooperativa e no mercado de trabalho, especialmente em cargos executivos, é um passo fundamental a ser dado.

“O crescimento do papel das mulheres no cooperativismo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para um setor que busca transformação e inclusão. Iniciativas que promovem lideranças femininas fortalecem não apenas nossa cooperativa, mas também a sociedade como um todo. O Mês da Mulher é uma oportunidade para celebrar essas conquistas e reforçar a importância de continuar avançando”, finaliza.

Fonte: Assessoria Plena