O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira e o vereador Anselmo Pereira se reuniram com a diretoria da Coopanest-GO, nesta quinta-feira (11). O objetivo é mediar as negociações entre a cooperativa e a Prefeitura de Goiânia. Atualmente, os serviços de médicos anestesiologistas nas unidades de saúde da capital estão suspensos por falta de contrato e pagamento por parte da gestão municipal. Eles se reuniram com o presidente da Coopanest-GO, Haroldo Maciel Carneiro, e o vice-presidente, Wagner Sá.
O presidente do Sistema OCB/GO informou que uma outra reunião já está marcada para a semana que vem, desta vez, com a presença do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. “Estamos apoiando a cooperativa, cumprindo o nosso papel institucional e acreditamos que, com o diálogo muito bom que temos com o prefeito Rogério Cruz, podemos chegar a um bom termo. Este é um assunto sensível porque se trata de saúde pública e estamos prontos para colaborar com o município, mas também com a nossa cooperativa, que sempre prestou um excelente serviço para Goiânia”, afirma.
O presidente da Coopanest-GO, Haroldo Maciel Carneiro, explica que não se trata de uma greve ou paralisação dos anestesiologistas, mas a suspensão dos serviços nas unidades municipais de saúde e na rede conveniada do SUS de Goiânia por inexistência de contrato com a Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura de Goiânia. “Com o encerramento do contrato, nós não temos qualquer instrumento de contratualização que nos permita continuar executando o serviço”, explica.
Haroldo comentou a atuação da OCB/GO para colaborar com a resolução do problema. “Buscamos, junto com a OCB/GO, o apoio para termos acesso ao prefeito e para que possamos, o mais breve possível, ter uma solução”, disse.
Câmara
O vereador Anselmo Pereira, líder do Paço Municipal na Câmara de Goiânia, afirmou que cabe também ao Poder Legislativo atuar para encontrar uma solução para a questão. “Podemos ser o elo de ligação entre as partes interessadas. A Casa Legislativa tem uma responsabilidade muito grande quando se trata de saúde pública. À medida em que um setor tão importante como a cooperativa está tendo problema em demandar e atender o município, cabe também ao Poder Legislativo fazer suas intervenções”, pontua.
Entenda o problema
No dia 5 de janeiro, a Coopanest-GO, Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás, noticiou a suspensão dos serviços nas unidades municipais de saúde e na rede conveniada do SUS de Goiânia por inexistência de contrato com a Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura de Goiânia. Segundo a cooperativa, o contrato de prestação de serviço com a Prefeitura de Goiânia foi firmado em janeiro de 2016 e teve o prazo encerrado em janeiro de 2021. Na época, foi elaborado um aditivo para que o serviço fosse realizado até janeiro de 2022.
No entanto, a cooperativa relata que, apesar das tentativas de abrir um processo administrativo legal de contratação para evitar a suspensão dos atendimentos, a Secretaria de Saúde optou por realizar um contrato emergencial que foi encerrado há um ano, em janeiro de 2023. Mesmo com o fim do contrato, os anestesiologistas continuaram a prestar o serviço normalmente durante um ano.
De acordo com a Coopanest-GO, o objetivo é buscar soluções para uma nova forma de contratação para os médicos anestesiologistas, além de negociar pagamentos não efetuados pela administração municipal.